sábado, 23 de fevereiro de 2013

A lata dos meus vizinhos


Eu por norma sou uma pessoa relativamente calma ou, pelo menos, não dada a grandes peixeiradas. Mas se há criaturas que me tiram do sério são os meus vizinhos de cima! Um casal demasiadamente simpático para meu gosto, que vive com a cria e nos últimos anos adotaram também a sogra para morar com eles. Ora esta família de gente adorável tem um defeito que para mim é terrível. São as coisinhas mais barulhentas que existem neste prédio!! (E não sou a única que ouve heavy metal aqui, por isso tirem as vossas conclusões).
Confesso que nos primeiros meses de vida da cria chateava-me um bocado ouvir o choro o dia todo, mas é aceitável… agora paizinhos que a tentar acalma-la fazem ainda mais basqueiro, desculpem lá mas já é abusar da minha santa paciência.
Ora o primogénito foi crescendo e os choros foram parando. YUPPPY!!! Pequeno problema, o papá barulhento que por sinal faz teatro resolve ensaiar todos os dias no quarto e diga-se de passagem, que lá projetar a voz ele sabe!!
Ora isto tudo, para contar a novela que tem acontecido em capítulos diferentes nos últimos dias.
Á coisa de uma semana a sogra barulhenta apanhou a minha mãe (que nem sequer mora aqui) na escada e comentou com ela que o genro faz teatro e ensaia em casa, por isso era normal que ouvíssemos e esperava que não fosse incomodativo. A sorte da senhora é que falou com a minha mãe, porque se tivesse tido o azar de falar comigo eu explicava-lhe detalhadamente como é irritante, principalmente em época de exames, como era o caso.
Ora hoje por volta das 10 da manhã deu-se o segundo capitulo da novela. Estava eu com música num volume que me parecia decente dada a hora (só para terem uma ideia, da sala não se ouvia nada da musica que eu tinha no quarto, logo não estaria assim tão alto) e vem a dita sogra tocar-me à campainha. Desfez-se em desculpas por estar a incomodar, mas o genro “está encarregue de escrever a próxima peça e não se consegue concentrar com a música da menina no quarto”.
Meus amigos, saltou-me a tampa!!! E desatei aos berros com a mulher!! Que direito tem ela de vir reclamar de música durante a manhã quando eu tive de levar com choro do neto, musiquinhas da filha e do genro, ensaios de teatro e coisas que a criança atira ao chão durante 24 horas por dia??? E acabei o assunto a dizer-lhe que se tem problemas que chame a polícia e a bater-lhe a porta na cara. Tendo em conta que isto foi há mais de 2 horas e até agora ainda não apareceu cá ninguém, lá deve ter chegado à conclusão que quem tem motivo para reclamar de alguma coisa sou eu. E a música continua… passei de Ensiferum a Enslaved e sabe-se lá o que vou ouvir a seguir.

É incrível a lata desta gente!

5 comentários:

  1. eheh és mazinha tu :D por sorte vivo numa casa térrea, não me vejo a ter de controlar os meus impulsos vocais só por causa da vizinhança eheh

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  2. No meu prédio também ouço cada coisa...choros, berros, coisas a cair, até ouço espirros -.-' E o que mais me irrita é que esta gente parece que só sabe fazer barulho quando já estou deitadinha e pronta para dormir. Passei a detestar apartamentos xD

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    1. Mas há ruídos que são normais, quase não há como evitar. Agora saber conscientemente que se está a incomodar a horas impróprias e continuar... é um abuso!

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  3. Eu de facto acho que me dou por muito sortudo por sempre ter vivido em casas na aldeia. Por aqui a única coisa que me incomoda é durante a semana que dura festinnha aqui da terra, aquela musiquinha de gosto muito duvidoso - que será a mesma música que se irá ouvir daqui por cem anos! - que sai dos altifalantes e que se faz ouvir estridentemente cá pelo burgo todo! Tirando isso só mesmo algum galo que ande com os horários trocados e lhe dê para se pôr a cantar às duas da manhã. Mas de resto é um sossego, ainda por cima eu adormecendo estou em crer que nem a queda de um meteorito me acorda!

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    1. Entre as musiquinhas das festas aí da aldeia e a cantoria dos meus vizinhos... não sei qual é pior. Mas as festas aí são uma ou duas vezes por ano. A vizinhança é permanente.

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