É feio ouvir conversas alheias!

Hoje na padaria ouvi uma conversa extremamente interessante entre o dono e uma das clientes que falavam de alguém que ambos conheciam.

Velhota: Ai, já viu? Coitadinha da menina, tão novinha e já tão doente.

Sr da Pastelaria: E o médico já disse o que iam fazer a seguir?

Velhota: Agora faz mais uma sessão de quimioterapia mas o que precisa é de um transplante da musa óssea.

Velhote que ia com a senhora: Medusa! Medusa óssea.

E entretanto lá estou eu atrás dos senhores à espera que termine a conversa de musas e medusas para finalmente pagar e vir embora.

Não sei quem era a menina e espero mesmo que melhore. Mas transplantar musas e medusas é complicado.

Mim quer ir ao cinema…

… ver isto!!

Sim, eu consigo ser infantil. Sim, eu ainda vejo filmes da Disney (Não, não me quero mudar para a Disney durante 2 meses tipo certo senhor músico finlandês!!) e sim, eu sei que tenho quase 26 anos!

Mas é a história de Oz! E tem a Rachel Weisz que é a minha atriz favorita! E eu quero ir ver e pronto!!!

Já agora, aceita-se companhia. Do tipo que não ressone!

Vamos fazer um jogo... com a greve!

A greve é um direito de todos os trabalhadores e muitas vezes usado como símbolo de protesto. Até aqui tudo bem, mas o que eu adorava que me explicassem é porque é que duas companhias de transportes, sob a alçada do mesmo ministério têm respostas diferentes a esta forma de protesto.

Vamos ao exemplo mais claro possível: CP – Comboio de Portugal e TAP – Transportadora Aérea Portuguesa. Ambas estão sob a alçada do Ministério da Economia e do Emprego e ambas vivem numa luta permanente dos sindicatos contra todo o tipo de condições.

Agora o mais interessante é quando começamos a ver o tipo de greves que cada uma delas faz. A CP, usada diariamente por milhares de pessoas para se deslocarem para local de trabalho, escolas, acesso a compras, saúde, ou seja… usada pelo Zé Povinho, entra em greve durante dias, às vezes meses seguidos (não é segredo para ninguém que há anos que faz greve aos feriados) com constantes atrasos e supressões, recebe apenas a atenção de alguns com a noticia dos transtornos causados pela paralisação. A TAP, usada para longas viagens, e inegavelmente por uma parcela mais abastada da população, ameaça fazer greve durante 3 dias e parece que é o fim do mundo. O governo treme, o capital entra em pânico e uma pequeníssima fração dos portugueses vê-se obrigado a adiar viagens de negócios e lazer.

O que é certo é que quando começamos a comparar as reações por parte das administrações e do governo perante as duas vemos bem qual entra logo em negociações e qual tem as suas reivindicações atendidas mais prontamente.

Durante este mês teremos ambas em greve. A CP durante os dias 6 e 7 e a TAP durante os dias 21, 22 e 23 e até podemos fazer um jogo!! De cada vez que virem noticias sobre uma das paralisações deixam aqui um comentário! Seja sobre pessoas chateadas por ficarem sem transporte, seja comunicados das administrações, seja do governo… não interessa, quando ouvirem alguma coisa sobre uma delas avisam! No fim contabilizamos. A ver qual teve mais impacto mediatico. Só mesmo por mera curiosidade, claro!!

923 mil + 1

Hoje de manhã ouvi a notícia que existem 923 mil desempregados inscritos no IEFP. Acho pouco! Deve haver muitos mais e só por estarem em formações, estágios ou outras tretas quaisquer não entram nas estatísticas!

Depois de almoço calhou ter de passar no IEFP a entregar umas coisas à minha mãe e em conversa com uma das colegas dela comentei que ainda só não me tinha lá inscrito porque eles não arranjam emprego a ninguém (ok, e também não ando propriamente à procura), mas a senhora que para se mostrar boa colega, ou justificar o ordenado que ganha puxou-me logo para o gabinete e fez-me a ficha de inscrição.

Disse-me logo que mesmo que não esteja à procura neste momento posso querer daqui por uns meses e já fica a inscrição feita, além de ter a vantagem que se aparecer qualquer coisa na minha área avisam.

Qual foi o pensamento da Susana??? Mesmo que me tentem impingir um emprego qualquer posso simplesmente recusar. Vão-me fazer o que? Cortar o subsídio que não tenho? Tirar o RSI que nunca tive? Ou dão-me uma palmada e um puxão de orelhas? Cheguei à conclusão que mal não faz!

A parte mais interessante veio depois, quando a senhora minha mãe resolve comentar com as colegas “Estou mesmo a vê-la ir trabalhar. Não haja dúvida”

Só para lhe provar que estava errada, desci e fui ver as ofertas de emprego e o que é que encontro??? Uma vaga para vendedora de placas metálicas… em MARROCOS!!

Claro que disse logo que queria essa!!!  E qual foi a resposta da minha adorável mamã??

“É que nem penses! Estás proibida!”

E pronto. Lá se foi o meu super-emprego em Marrocos, onde poderia vir a ser trocada por camelos, ou barris de petróleo. Fico por aqui aumentar as estatísticas do desemprego. Ao menos já não me sinto excluída do grupo.